Papa Francisco Regina Coeli: II Domingo de Páscoa

2015-04-12 Vatican.va

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12 Papa Francesco

PAPA FRANCISCO

REGINA COELI

Praça São Pedro

II Domingo de Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 12 de Abril de 2015

[Multimídia]

 

 

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje é o oitavo dia depois da Páscoa, e o Evangelho de João documenta-nos as duas aparições de Jesus Ressuscitado aos Apóstolos reunidos no Cenáculo: na tarde de Páscoa, quando Tomé estava ausente, e oito dias mais tarde, na presença de Tomé. Na primeira vez, o Senhor mostrou aos discípulos as feridas do seu corpo, fez o sinal de soprar sobre eles e disse: «Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio» (Jo 20, 21). Transmite-lhes a sua própria missão, com a força do Espírito Santo.

 

Mas naquela tarde não estava presente Tomé, que não queria acreditar no testemunho dos outros. «Se eu não vir nem tocar as suas chagas — disse — não acreditarei» (cf. Jo 20, 25). Oito dias depois — ou seja, precisamente como hoje — Jesus volta a apresentar-se no meio dos seus e dirige-se imediatamente a Tomé, convidando-o a tocar as feridas das suas mãos e do seu lado. Ele vai ao encontro da sua incredulidade para que, através dos sinais da paixão, ele possa alcançar a plenitude da fé pascal, isto é, a fé na Ressurreição de Jesus.

 

Tomé é alguém que não se contenta e procura, tenciona averiguar pessoalmente, realizar uma sua experiência pessoal. Após as resistências e inquietações iniciais, no final também ele consegue crer; não obstante proceda com dificuldade, alcança a fé. Jesus espera-o pacientemente e oferece-se às dificuldades e às inseguranças daquele que chegou por último. O Senhor proclama «bem-aventurados» aqueles que crêem sem ver (cf. v. 29) — e a primeira é Maria, sua Mãe — mas vai também ao encontro da exigência do discípulo incrédulo: «Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos...» (v. 27). Ao contacto salvífico com as chagas do Ressuscitado, Tomé mostra as suas feridas, as suas chagas, as suas dilacerações, a sua humilhação; no sinal dos pregos encontra a prova decisiva de que era amado, esperado e entendido. Encontra-se diante de um Messias cheio de docilidade, de misericórdia e de ternura. Era aquele o Senhor que ele procurava, Ele, nas profundidades secretas do próprio ser, porque sempre soubera que era assim. E quantos de nós procuram, no profundo do coração, encontrar Jesus como Ele é: dócil, misericordioso e terno! Pois no íntimo nós sabemos que Ele é assim! Tendo recuperado o contacto pessoal com a amabilidade e a paciência misericordiosa de Cristo, Tomé compreende o significado profundo da sua Ressurreição e, intimamente transformado, declara a sua fé completa e total n’Ele, exclamando: «Meu Senhor e meu Deus!» (v. 28). Como é bonita esta expressão de Tomé!

 

Ele conseguiu tocar» o Mistério pascal que manifesta plenamente o amor salvífico de Deus, rico de misericórdia (cf. Ef 2, 4). E como Tomé, também todos nós: neste segundo Domingo de Páscoa, somos convidados a contemplar nas feridas do Ressuscitado a Misericórdia Divina, que ultrapassa qualquer limite humano e resplandece sobre a obscuridade do mal e do pecado. Um tempo intenso e prolongado para receber as imensas riquezas do amor misericordioso de Deus será o próximo Jubileu Extraordinário da Misericórdia, cuja Bula de proclamação promulguei ontem à tarde, aqui na Basílica de São Pedro. A Bula começa com as palavras «Misericordiae vultus»: o Rosto da Misericórdia é Jesus Cristo. Mantenhamos o nosso olhar voltado para Ele, que sempre nos procura, espera e perdoa; Ele é deveras misericordioso e não se assusta com as nossas misérias. Nas suas chagas, Ele cura-nos e perdoa todos os nossos pecados. Que a Virgem Mãe nos ajude a ser misericordiosos com o próximo, como Jesus é com cada um de nós.

 

Depois do Regina Coeli:

Dirijo uma cordial saudação a todos vós, fiéis de Roma, e a vós que viestes de muitas regiões do mundo inteiro.

Saúdo as comunidades neocatecumenais de Roma, que hoje começam uma missão especial nas praças da Cidade, para rezar e dar testemunho da fé.

Cordiais bons votos aos fiéis das Igrejas do Oriente que, em conformidade com o seu calendário, celebram hoje a Santa Páscoa. Uno-me à alegria do seu anúncio de Cristo Ressuscitado: Christós anésti! Saudemos todos com um aplauso os nossos irmãos do Oriente neste dia da sua Páscoa!

Dirijo uma saudação calorosa também aos fiéis arménios, que vieram a Roma e participaram na Santa Missa na presença dos meus irmãos, os três Patriarcas, e de numerosos Bispos.

Nas semanas passadas recebi de todas as partes do mundo muitas mensagens de bons votos pascais. É com gratidão que os retribuo a todos. Desejo agradecer de coração às crianças, aos idosos, às famílias, às dioceses, às comunidades paroquiais e religiosas, às entidades e às diversas associações que quiseram manifestar-me o seu carinho e a sua proximidade. Por favor, continuai a rezar por mim!

Desejo um feliz domingo a todos vós. Bom almoço e até à próxima!

 

PAPA FRANCISCO

REGINA COELI

Praça São Pedro
II Domingo de Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 12 de Abril de 2015

[Multimídia]


 

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje é o oitavo dia depois da Páscoa, e o Evangelho de João documenta-nos as duas aparições de Jesus Ressuscitado aos Apóstolos reunidos no Cenáculo: na tarde de Páscoa, quando Tomé estava ausente, e oito dias mais tarde, na presença de Tomé. Na primeira vez, o Senhor mostrou aos discípulos as feridas do seu corpo, fez o sinal de soprar sobre eles e disse: «Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio» (Jo 20, 21). Transmite-lhes a sua própria missão, com a força do Espírito Santo.

Mas naquela tarde não estava presente Tomé, que não queria acreditar no testemunho dos outros. «Se eu não vir nem tocar as suas chagas — disse — não acreditarei» (cf. Jo 20, 25). Oito dias depois — ou seja, precisamente como hoje — Jesus volta a apresentar-se no meio dos seus e dirige-se imediatamente a Tomé, convidando-o a tocar as feridas das suas mãos e do seu lado. Ele vai ao encontro da sua incredulidade para que, através dos sinais da paixão, ele possa alcançar a plenitude da fé pascal, isto é, a fé na Ressurreição de Jesus.

Tomé é alguém que não se contenta e procura, tenciona averiguar pessoalmente, realizar uma sua experiência pessoal. Após as resistências e inquietações iniciais, no final também ele consegue crer; não obstante proceda com dificuldade, alcança a fé. Jesus espera-o pacientemente e oferece-se às dificuldades e às inseguranças daquele que chegou por último. O Senhor proclama «bem-aventurados» aqueles que crêem sem ver (cf. v. 29) — e a primeira é Maria, sua Mãe — mas vai também ao encontro da exigência do discípulo incrédulo: «Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos...» (v. 27). Ao contacto salvífico com as chagas do Ressuscitado, Tomé mostra as suas feridas, as suas chagas, as suas dilacerações, a sua humilhação; no sinal dos pregos encontra a prova decisiva de que era amado, esperado e entendido. Encontra-se diante de um Messias cheio de docilidade, de misericórdia e de ternura. Era aquele o Senhor que ele procurava, Ele, nas profundidades secretas do próprio ser, porque sempre soubera que era assim. E quantos de nós procuram, no profundo do coração, encontrar Jesus como Ele é: dócil, misericordioso e terno! Pois no íntimo nós sabemos que Ele é assim! Tendo recuperado o contacto pessoal com a amabilidade e a paciência misericordiosa de Cristo, Tomé compreende o significado profundo da sua Ressurreição e, intimamente transformado, declara a sua fé completa e total n’Ele, exclamando: «Meu Senhor e meu Deus!» (v. 28). Como é bonita esta expressão de Tomé!

Ele conseguiu tocar» o Mistério pascal que manifesta plenamente o amor salvífico de Deus, rico de misericórdia (cf. Ef 2, 4). E como Tomé, também todos nós: neste segundo Domingo de Páscoa, somos convidados a contemplar nas feridas do Ressuscitado a Misericórdia Divina, que ultrapassa qualquer limite humano e resplandece sobre a obscuridade do mal e do pecado. Um tempo intenso e prolongado para receber as imensas riquezas do amor misericordioso de Deus será o próximo Jubileu Extraordinário da Misericórdia, cuja Bula de proclamação promulguei ontem à tarde, aqui na Basílica de São Pedro. A Bula começa com as palavras «Misericordiae vultus»: o Rosto da Misericórdia é Jesus Cristo. Mantenhamos o nosso olhar voltado para Ele, que sempre nos procura, espera e perdoa; Ele é deveras misericordioso e não se assusta com as nossas misérias. Nas suas chagas, Ele cura-nos e perdoa todos os nossos pecados. Que a Virgem Mãe nos ajude a ser misericordiosos com o próximo, como Jesus é com cada um de nós.


Depois do Regina Coeli:

Dirijo uma cordial saudação a todos vós, fiéis de Roma, e a vós que viestes de muitas regiões do mundo inteiro.

Saúdo as comunidades neocatecumenais de Roma, que hoje começam uma missão especial nas praças da Cidade, para rezar e dar testemunho da fé.

Cordiais bons votos aos fiéis das Igrejas do Oriente que, em conformidade com o seu calendário, celebram hoje a Santa Páscoa. Uno-me à alegria do seu anúncio de Cristo Ressuscitado: Christós anésti! Saudemos todos com um aplauso os nossos irmãos do Oriente neste dia da sua Páscoa!

Dirijo uma saudação calorosa também aos fiéis arménios, que vieram a Roma e participaram na Santa Missa na presença dos meus irmãos, os três Patriarcas, e de numerosos Bispos.

Nas semanas passadas recebi de todas as partes do mundo muitas mensagens de bons votos pascais. É com gratidão que os retribuo a todos. Desejo agradecer de coração às crianças, aos idosos, às famílias, às dioceses, às comunidades paroquiais e religiosas, às entidades e às diversas associações que quiseram manifestar-me o seu carinho e a sua proximidade. Por favor, continuai a rezar por mim!

Desejo um feliz domingo a todos vós. Bom almoço e até à próxima!

PAPA FRANCISCO

REGINA COELI

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II Domingo de Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 12 de Abril de 2015

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Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje é o oitavo dia depois da Páscoa, e o Evangelho de João documenta-nos as duas aparições de Jesus Ressuscitado aos Apóstolos reunidos no Cenáculo: na tarde de Páscoa, quando Tomé estava ausente, e oito dias mais tarde, na presença de Tomé. Na primeira vez, o Senhor mostrou aos discípulos as feridas do seu corpo, fez o sinal de soprar sobre eles e disse: «Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio» (Jo 20, 21). Transmite-lhes a sua própria missão, com a força do Espírito Santo.

Mas naquela tarde não estava presente Tomé, que não queria acreditar no testemunho dos outros. «Se eu não vir nem tocar as suas chagas — disse — não acreditarei» (cf. Jo 20, 25). Oito dias depois — ou seja, precisamente como hoje — Jesus volta a apresentar-se no meio dos seus e dirige-se imediatamente a Tomé, convidando-o a tocar as feridas das suas mãos e do seu lado. Ele vai ao encontro da sua incredulidade para que, através dos sinais da paixão, ele possa alcançar a plenitude da fé pascal, isto é, a fé na Ressurreição de Jesus.

Tomé é alguém que não se contenta e procura, tenciona averiguar pessoalmente, realizar uma sua experiência pessoal. Após as resistências e inquietações iniciais, no final também ele consegue crer; não obstante proceda com dificuldade, alcança a fé. Jesus espera-o pacientemente e oferece-se às dificuldades e às inseguranças daquele que chegou por último. O Senhor proclama «bem-aventurados» aqueles que crêem sem ver (cf. v. 29) — e a primeira é Maria, sua Mãe — mas vai também ao encontro da exigência do discípulo incrédulo: «Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos...» (v. 27). Ao contacto salvífico com as chagas do Ressuscitado, Tomé mostra as suas feridas, as suas chagas, as suas dilacerações, a sua humilhação; no sinal dos pregos encontra a prova decisiva de que era amado, esperado e entendido. Encontra-se diante de um Messias cheio de docilidade, de misericórdia e de ternura. Era aquele o Senhor que ele procurava, Ele, nas profundidades secretas do próprio ser, porque sempre soubera que era assim. E quantos de nós procuram, no profundo do coração, encontrar Jesus como Ele é: dócil, misericordioso e terno! Pois no íntimo nós sabemos que Ele é assim! Tendo recuperado o contacto pessoal com a amabilidade e a paciência misericordiosa de Cristo, Tomé compreende o significado profundo da sua Ressurreição e, intimamente transformado, declara a sua fé completa e total n’Ele, exclamando: «Meu Senhor e meu Deus!» (v. 28). Como é bonita esta expressão de Tomé!

Ele conseguiu tocar» o Mistério pascal que manifesta plenamente o amor salvífico de Deus, rico de misericórdia (cf. Ef 2, 4). E como Tomé, também todos nós: neste segundo Domingo de Páscoa, somos convidados a contemplar nas feridas do Ressuscitado a Misericórdia Divina, que ultrapassa qualquer limite humano e resplandece sobre a obscuridade do mal e do pecado. Um tempo intenso e prolongado para receber as imensas riquezas do amor misericordioso de Deus será o próximo Jubileu Extraordinário da Misericórdia, cuja Bula de proclamação promulguei ontem à tarde, aqui na Basílica de São Pedro. A Bula começa com as palavras «Misericordiae vultus»: o Rosto da Misericórdia é Jesus Cristo. Mantenhamos o nosso olhar voltado para Ele, que sempre nos procura, espera e perdoa; Ele é deveras misericordioso e não se assusta com as nossas misérias. Nas suas chagas, Ele cura-nos e perdoa todos os nossos pecados. Que a Virgem Mãe nos ajude a ser misericordiosos com o próximo, como Jesus é com cada um de nós.


Depois do Regina Coeli:

Dirijo uma cordial saudação a todos vós, fiéis de Roma, e a vós que viestes de muitas regiões do mundo inteiro.

Saúdo as comunidades neocatecumenais de Roma, que hoje começam uma missão especial nas praças da Cidade, para rezar e dar testemunho da fé.

Cordiais bons votos aos fiéis das Igrejas do Oriente que, em conformidade com o seu calendário, celebram hoje a Santa Páscoa. Uno-me à alegria do seu anúncio de Cristo Ressuscitado: Christós anésti! Saudemos todos com um aplauso os nossos irmãos do Oriente neste dia da sua Páscoa!

Dirijo uma saudação calorosa também aos fiéis arménios, que vieram a Roma e participaram na Santa Missa na presença dos meus irmãos, os três Patriarcas, e de numerosos Bispos.

Nas semanas passadas recebi de todas as partes do mundo muitas mensagens de bons votos pascais. É com gratidão que os retribuo a todos. Desejo agradecer de coração às crianças, aos idosos, às famílias, às dioceses, às comunidades paroquiais e religiosas, às entidades e às diversas associações que quiseram manifestar-me o seu carinho e a sua proximidade. Por favor, continuai a rezar por mim!

Desejo um feliz domingo a todos vós. Bom almoço e até à próxima!

PAPA FRANCISCO

REGINA COELI

Praça São Pedro
II Domingo de Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 12 de Abril de 2015

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Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje é o oitavo dia depois da Páscoa, e o Evangelho de João documenta-nos as duas aparições de Jesus Ressuscitado aos Apóstolos reunidos no Cenáculo: na tarde de Páscoa, quando Tomé estava ausente, e oito dias mais tarde, na presença de Tomé. Na primeira vez, o Senhor mostrou aos discípulos as feridas do seu corpo, fez o sinal de soprar sobre eles e disse: «Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio» (Jo 20, 21). Transmite-lhes a sua própria missão, com a força do Espírito Santo.

Mas naquela tarde não estava presente Tomé, que não queria acreditar no testemunho dos outros. «Se eu não vir nem tocar as suas chagas — disse — não acreditarei» (cf. Jo 20, 25). Oito dias depois — ou seja, precisamente como hoje — Jesus volta a apresentar-se no meio dos seus e dirige-se imediatamente a Tomé, convidando-o a tocar as feridas das suas mãos e do seu lado. Ele vai ao encontro da sua incredulidade para que, através dos sinais da paixão, ele possa alcançar a plenitude da fé pascal, isto é, a fé na Ressurreição de Jesus.

Tomé é alguém que não se contenta e procura, tenciona averiguar pessoalmente, realizar uma sua experiência pessoal. Após as resistências e inquietações iniciais, no final também ele consegue crer; não obstante proceda com dificuldade, alcança a fé. Jesus espera-o pacientemente e oferece-se às dificuldades e às inseguranças daquele que chegou por último. O Senhor proclama «bem-aventurados» aqueles que crêem sem ver (cf. v. 29) — e a primeira é Maria, sua Mãe — mas vai também ao encontro da exigência do discípulo incrédulo: «Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos...» (v. 27). Ao contacto salvífico com as chagas do Ressuscitado, Tomé mostra as suas feridas, as suas chagas, as suas dilacerações, a sua humilhação; no sinal dos pregos encontra a prova decisiva de que era amado, esperado e entendido. Encontra-se diante de um Messias cheio de docilidade, de misericórdia e de ternura. Era aquele o Senhor que ele procurava, Ele, nas profundidades secretas do próprio ser, porque sempre soubera que era assim. E quantos de nós procuram, no profundo do coração, encontrar Jesus como Ele é: dócil, misericordioso e terno! Pois no íntimo nós sabemos que Ele é assim! Tendo recuperado o contacto pessoal com a amabilidade e a paciência misericordiosa de Cristo, Tomé compreende o significado profundo da sua Ressurreição e, intimamente transformado, declara a sua fé completa e total n’Ele, exclamando: «Meu Senhor e meu Deus!» (v. 28). Como é bonita esta expressão de Tomé!

Ele conseguiu tocar» o Mistério pascal que manifesta plenamente o amor salvífico de Deus, rico de misericórdia (cf. Ef 2, 4). E como Tomé, também todos nós: neste segundo Domingo de Páscoa, somos convidados a contemplar nas feridas do Ressuscitado a Misericórdia Divina, que ultrapassa qualquer limite humano e resplandece sobre a obscuridade do mal e do pecado. Um tempo intenso e prolongado para receber as imensas riquezas do amor misericordioso de Deus será o próximo Jubileu Extraordinário da Misericórdia, cuja Bula de proclamação promulguei ontem à tarde, aqui na Basílica de São Pedro. A Bula começa com as palavras «Misericordiae vultus»: o Rosto da Misericórdia é Jesus Cristo. Mantenhamos o nosso olhar voltado para Ele, que sempre nos procura, espera e perdoa; Ele é deveras misericordioso e não se assusta com as nossas misérias. Nas suas chagas, Ele cura-nos e perdoa todos os nossos pecados. Que a Virgem Mãe nos ajude a ser misericordiosos com o próximo, como Jesus é com cada um de nós.


Depois do Regina Coeli:

Dirijo uma cordial saudação a todos vós, fiéis de Roma, e a vós que viestes de muitas regiões do mundo inteiro.

Saúdo as comunidades neocatecumenais de Roma, que hoje começam uma missão especial nas praças da Cidade, para rezar e dar testemunho da fé.

Cordiais bons votos aos fiéis das Igrejas do Oriente que, em conformidade com o seu calendário, celebram hoje a Santa Páscoa. Uno-me à alegria do seu anúncio de Cristo Ressuscitado: Christós anésti! Saudemos todos com um aplauso os nossos irmãos do Oriente neste dia da sua Páscoa!

Dirijo uma saudação calorosa também aos fiéis arménios, que vieram a Roma e participaram na Santa Missa na presença dos meus irmãos, os três Patriarcas, e de numerosos Bispos.

Nas semanas passadas recebi de todas as partes do mundo muitas mensagens de bons votos pascais. É com gratidão que os retribuo a todos. Desejo agradecer de coração às crianças, aos idosos, às famílias, às dioceses, às comunidades paroquiais e religiosas, às entidades e às diversas associações que quiseram manifestar-me o seu carinho e a sua proximidade. Por favor, continuai a rezar por mim!

Desejo um feliz domingo a todos vós. Bom almoço e até à próxima!

PAPA FRANCISCO

REGINA COELI

Praça São Pedro
II Domingo de Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 12 de Abril de 2015

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Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje é o oitavo dia depois da Páscoa, e o Evangelho de João documenta-nos as duas aparições de Jesus Ressuscitado aos Apóstolos reunidos no Cenáculo: na tarde de Páscoa, quando Tomé estava ausente, e oito dias mais tarde, na presença de Tomé. Na primeira vez, o Senhor mostrou aos discípulos as feridas do seu corpo, fez o sinal de soprar sobre eles e disse: «Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio» (Jo 20, 21). Transmite-lhes a sua própria missão, com a força do Espírito Santo.

Mas naquela tarde não estava presente Tomé, que não queria acreditar no testemunho dos outros. «Se eu não vir nem tocar as suas chagas — disse — não acreditarei» (cf. Jo 20, 25). Oito dias depois — ou seja, precisamente como hoje — Jesus volta a apresentar-se no meio dos seus e dirige-se imediatamente a Tomé, convidando-o a tocar as feridas das suas mãos e do seu lado. Ele vai ao encontro da sua incredulidade para que, através dos sinais da paixão, ele possa alcançar a plenitude da fé pascal, isto é, a fé na Ressurreição de Jesus.

Tomé é alguém que não se contenta e procura, tenciona averiguar pessoalmente, realizar uma sua experiência pessoal. Após as resistências e inquietações iniciais, no final também ele consegue crer; não obstante proceda com dificuldade, alcança a fé. Jesus espera-o pacientemente e oferece-se às dificuldades e às inseguranças daquele que chegou por último. O Senhor proclama «bem-aventurados» aqueles que crêem sem ver (cf. v. 29) — e a primeira é Maria, sua Mãe — mas vai também ao encontro da exigência do discípulo incrédulo: «Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos...» (v. 27). Ao contacto salvífico com as chagas do Ressuscitado, Tomé mostra as suas feridas, as suas chagas, as suas dilacerações, a sua humilhação; no sinal dos pregos encontra a prova decisiva de que era amado, esperado e entendido. Encontra-se diante de um Messias cheio de docilidade, de misericórdia e de ternura. Era aquele o Senhor que ele procurava, Ele, nas profundidades secretas do próprio ser, porque sempre soubera que era assim. E quantos de nós procuram, no profundo do coração, encontrar Jesus como Ele é: dócil, misericordioso e terno! Pois no íntimo nós sabemos que Ele é assim! Tendo recuperado o contacto pessoal com a amabilidade e a paciência misericordiosa de Cristo, Tomé compreende o significado profundo da sua Ressurreição e, intimamente transformado, declara a sua fé completa e total n’Ele, exclamando: «Meu Senhor e meu Deus!» (v. 28). Como é bonita esta expressão de Tomé!

Ele conseguiu tocar» o Mistério pascal que manifesta plenamente o amor salvífico de Deus, rico de misericórdia (cf. Ef 2, 4). E como Tomé, também todos nós: neste segundo Domingo de Páscoa, somos convidados a contemplar nas feridas do Ressuscitado a Misericórdia Divina, que ultrapassa qualquer limite humano e resplandece sobre a obscuridade do mal e do pecado. Um tempo intenso e prolongado para receber as imensas riquezas do amor misericordioso de Deus será o próximo Jubileu Extraordinário da Misericórdia, cuja Bula de proclamação promulguei ontem à tarde, aqui na Basílica de São Pedro. A Bula começa com as palavras «Misericordiae vultus»: o Rosto da Misericórdia é Jesus Cristo. Mantenhamos o nosso olhar voltado para Ele, que sempre nos procura, espera e perdoa; Ele é deveras misericordioso e não se assusta com as nossas misérias. Nas suas chagas, Ele cura-nos e perdoa todos os nossos pecados. Que a Virgem Mãe nos ajude a ser misericordiosos com o próximo, como Jesus é com cada um de nós.


Depois do Regina Coeli:

Dirijo uma cordial saudação a todos vós, fiéis de Roma, e a vós que viestes de muitas regiões do mundo inteiro.

Saúdo as comunidades neocatecumenais de Roma, que hoje começam uma missão especial nas praças da Cidade, para rezar e dar testemunho da fé.

Cordiais bons votos aos fiéis das Igrejas do Oriente que, em conformidade com o seu calendário, celebram hoje a Santa Páscoa. Uno-me à alegria do seu anúncio de Cristo Ressuscitado: Christós anésti! Saudemos todos com um aplauso os nossos irmãos do Oriente neste dia da sua Páscoa!

Dirijo uma saudação calorosa também aos fiéis arménios, que vieram a Roma e participaram na Santa Missa na presença dos meus irmãos, os três Patriarcas, e de numerosos Bispos.

Nas semanas passadas recebi de todas as partes do mundo muitas mensagens de bons votos pascais. É com gratidão que os retribuo a todos. Desejo agradecer de coração às crianças, aos idosos, às famílias, às dioceses, às comunidades paroquiais e religiosas, às entidades e às diversas associações que quiseram manifestar-me o seu carinho e a sua proximidade. Por favor, continuai a rezar por mim!

Desejo um feliz domingo a todos vós. Bom almoço e até à próxima!